Vinha sofrido de histórias passadas. Daquelas que tinham marcado a
alma e gravado a decepção tão forte na cabeça que não acreditava ser
possível encontrar alguém para sorrir assim tão abertamente. Para sorrir
de verdade novamente. Passei a crer – de pés juntos e cabeça baixa –
que o Amor continuaria me reservando uma faceta ruim e que estava sempre
fadado a fracassar.
O Amor nunca fracassa, aprendi.
Aos que acabam transformando-o no peito durante a relação, certamente
ele acaba em um sentimento diferente. Aos que provam de alguma traição,
há sempre o Amor na possibilidade do perdão – mesmo que se decida não
olhar mais na cara da pessoa. Aos que se desiludem, o Amor acaba
retornando fantasiado de uma nova oportunidade. E assim foi comigo.
Teu Carinho, por fim, se tornou o meu melhor amigo. Algo que me
esquenta nos dias de inverno e que me faz sorrir mais largo nos dias de
Sol. Daqueles que tece clichês no pé do ouvido e surpresas nos dias mais
rotineiros. Sem dúvida levarei para sempre as cicatrizes que, por
ensinamento da Vida, não preciso esconder, mas a cicatrização do meu
peito vem diretamente ligada à tua presença comigo.
Se não fosse por você, eu estaria sozinho.
O mais engraçado é que, durante um certo tempo, eu lutei contra tudo
isso que nascia em mim. Você vai se lembrar das negativas, dos arroubos
de lágrimas e das brigas que tinha quando você insistia. Essa história
de “quero te fazer feliz” não colava. Hoje eu sei que você entrou na
minha história para me fazer bem mais que feliz. Você apareceu pra me
re-ensinar a viver.
A gratidão acontece nos meus beijos, nos meus abraços. Me desculpa
se, às vezes, eu cobro algo, se eu tenho ciúme, se eu acabo me
excedendo. Ainda carrego um resto de medo, mas a cada dia a confiança
vem aumentando. A cada dia você devolve o brilho; meu e da vida. E vejo
que estamos dando certo. O Amor nunca fracassa, isso é certo.
Ele apenas espera para se entregar de novo.
Quando a recíproca for verdadeira.
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